sexta-feira, 14 de agosto de 2015

INCÊNDIOS

                                                            incêndios - incêndios - INCÊNDIOS

  A lógica do título parece invertida. Portugal é um país de reduzidas dimensões, infelizmente pródigo em incêndios na época de verão. Tendo em conta os milhares de hectares que se vão dizimando em cada ano, a lógica indicaria que por cada ano que passa menor fosse a área dizimada, por menor ser a quantidade de floresta (restante) disponível. Mas não é assim. Portugal é um país florescente, com vegetação exuberante e cada vez mais crescente, e...... corporações de bombeiros para todo o serviço - (que, pensa-se fica) -sempre satisfeitos com um pequeno elogio ministerial - e quando a proporção das fogueiras ultrapassa o sustentável ou o mínimo desejável, lá aparece a detenção de um incendiário, que até há pouco tempo se confundia com um doidinho ou mentecapto de trazer por casa!

É esta a sensação e a imagem com que e fica saída da reunião qua a Srª Ministra de Administração Interna; professora de Direito, terá tido, salvo erro no dia 13 de Agosto para fazer balanço do grande número de incêndios ocorridos, elogiar e consider a acção governativa positiva dado o bom trabalho dos bombeiros.

Pelo caminho fica, o quase sobre-humano sacrifício desses mesmos bombeiros, dos milhares de populares a coadjuvá-los,  as mortes ocorridas por falta de meios que podendo e devendo ser-lhes atribuídos, nunca o foram, as populações inseguras ou em pânicos, algumas habitações atingidas pelos fogos, e o desprezo quase total pela limpeza das matas. Ah! É verdade, não faltam os habituais e anuais comentários, do que se devia fazer e não se faz. Até para o ano.    

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

QUE LÓGICA NA POLÍTICA AMERICANA?



 É um dado e bem sabido que os EUA, se arvoram e arrogam como a Polícia do mundo inteiro. E comete erros. Óbvio se torna que as suas intervenções são visivelmente marcadas pela ânsia da guerra ditada pelo aparato militar e pelas informações de conveniência da CIA (repare-se que não se insinua a inutilidade de Forças Armadas ou a ineficácia de serviços secretos; apenas que se prestam, enquanto instituições para determinar o rumo da política). Senão vejamos: - foram os talibans preparados para combater as tropas de URRS; agora são os próprios talibans a combater as tropas americanas e estas aqueles. Trata-se de um conflito surrealista, com a destruição de tudo o que há de mais belo, nomeadamente a vida humana, para não falar da destruição de figuras históricas (os Budas)de valor arqueológico. Qual a lógica? Seguiu-se o Iraq e a Libia, com os resultados que estão á vista. é caso para se dizer que a defesa de Democracia pelos EUA só resulta no Caos. E é agora noticiado que os EUA bombardeiam as tropas sírias e ataca os curdos, que se têm revelado e distinguido no combate do alcance imperialista dos radicais que falam num Estado Islâmico. O que e a quem querem os EUA combater afinal? Qual a sua lógica?   (As palavras a cores são um lapso e portanto irrelevantes e que não consigo eliminar)     

terça-feira, 4 de agosto de 2015

OS COLONATOS QUE O GOVERNO ISRAELITA AUTORIZA - A ORIGEM DO MAL? - 1º



É uma questão complexa que aqui pretendo aflorar - sem acusações sem apontar o dedo - apenas aclarar a razão. O conflito israelo-palestiniano é apresentado com a marca de reciprocidade. Há eventualmente um rocket palestiniano lançado e o acto é logo ripostado por Israel em jeito de resposta castigadora. É assim pelo menos que a imprensa apresenta a evolução do conflito. As mais das vezes são os palestinianos, personificados pela organização Hamas que são apresentados como os causadores da instabilidade provocando os israelitas.
A apreciação que ora pretendo fazer, como já referi, é complexa, e irá merecer mais capítulos, sendo este o 1º.
Começarei por dizer à partida que o Estado de Israel tem o direito de existir. Como? Em que condições e enquadramento? Eis a premissa que urge reconhecer.
Uma outra premissa que também se reconhece e que há que repudiar é a rejeição pura e simples de qualquer extremismo - israelita ou árabe.


E assim, de pouco valerão as lágrimas ou o repúdio do 1º Ministro Nethanahu condenando o atentado de 31 de Julho de 2015 praticado na aldeia de Duma por um ou mais extremistas judeus radicais que culminou na morte de uma criança palestiniana de 18 meses.

Adiante, em mais escritos, tentarei apreciar e mostrar que por detrás de toda esta dramática situação, que apenas envergonha a consciência mundial, das pessoas, dos políticos e de todo o cidadão do mundo está a política de colonatos que vão surgindo com o beneplácito do governo israelita.     

terça-feira, 21 de julho de 2015

O QUE VEM PRIMEIRO? CONSUMIR OU INVESTIR ( + AUSTERIDADE)?







                             - Um dilema de natureza económica;
                             - uma via de solução da situação económica dos cidadãos e portanto do país;
.                            - uma perspectiva séria e lógica de solucionar uma crise económica; e outras formulações poderiam ser assinaladas. Pouco importa. O que é se procura é solucionar a questão dentro da lógica, sim, MAS TENDO EM CONTA A REALIDADE.
Em Portugal o governo de Passos Coelho sustenta mais ou menos o seguinte: aumenta-se o investimento. Como? Privatizando, particularmente os sectores mais produtivos como os transportes, pois estes é que esbugalham mais a vista do investidor; oferecendo aparentemente melhores condições  para controlar o investimento, nomeadamente com mão de obra mais barata ou facilidades de despedimento. Porém aqui estará o milagre; entrará mais dinheiro, e haverá mais emprego e com mais emprego, o consumo melhorará e a economia floresce e seremos mais felizes.  Assim se justificam os sacrifícios do ccontribuinte para permitir primeiro que o magnânimo investidor se interesse em investir. Não conta porém com um dado constante: - as transferências do capital e dos lucros; as fugas para as off shores.  Assim a lógica do sistema em curso: investimento primeiro; consumo - símbolo de bem estar - depois.
                            Mas atentemos numa outra logica que a título jocoso apelidarei de barriguista. Faz-me lembrar o pedinte à porta da igreja que de um frequentador recebeu uma resposta: "em vez de me pedir a mim, por que é que não pede a deus?" Retorquiu o mendigo: "Senhor, para ter a força para rezar e pedir a deus, preciso primeiro ter a barriga aconchegada". Aí está a realidade das coisas. Emprego e trabalho, com condições; condições minimamente calibradas em termos familiares, e depois o 1º ministro verá como se produz; mas atenção - que o produto se traduza em verdadeiro investimento produtivo e enriquecido para o país.E.... vã lá uma vigiada (se o governo for capaz disso) tolerância lucrativa para o investidor, "ma non troppo"....... .   

quinta-feira, 16 de julho de 2015

GRÉCIA - EUROZONE - e o ESTADO DO MUNDO = ESTADO (TIDO) POR NATURAL DAS COISAS E DOS HOMENS.



  O título é algo confuso e complexo. Mas afigura-se-me ajustado, até pela situação dilemática com que debato. O caso recente da Grécia, na mira do 3º resgate é paradigmático. Qualificado o conjunto dos comportamentos dos credores desse país- ricos como eles são - de "terrorista", pelo ex-ministro de Economia da Grécia Varoufakis, e ainda hoje, criticados pelos economista prémio-nobel de economia (2008) Krugman, que considerou as exigências da Eurozone "uma loucura", acusando a Alemanha de "destruir o projecto europeu", e interrogando-se sobre "Quem confiaria mais na Alemanha", é caso para indagar, em que mundo estamos.
Em nota de rodapé, tenho a certeza que o circunstância de Krugman ser de origem judaica, nada tem a ver contra os alemães quanto ao seu precedente nazi, embora haja quem note em todo este tipo de reacção dos países do Norte da Europa uma certa desconfiança (e por cá fico) contra os mediterrânicos. Por outro lado, devo confessar que o Ministro de Economia (ou das finanças) alemão Schaüble é indubitavelmente uma "cara de muito, muito, poucos amigos" (nada tendo a ver com as sua deficiência, o que apenas seria natural). na verdade, quando fala, parece que exala ódio, contra quem, não sei, mas o assunto discutido é sobre a Grécia. Ainda neste capítulo, honra seja feita ao deputado alemão Cohen-Bendit (para quem não se recorde, foi o líder carismático da revolta de 1968 em França) quem em plena sessão daquele parlamento denunciou e acusou o governo da Merkel o facto de ter vendido cerca de 4/5 ou mais submarinos á Grécia quando governavam os homens da sua clique e partidos coniventes. Grécia, porque tanto submarino? Para onde foi tanto dinheiro, nas mãos de quem fervilha agora?
E permita-se-me o desabafo: o que fez a Islândia? Exigiu a reestruturação de dívida que vencia juros de 7 e tal% par 3 e tal %, a FMI e outros contemporizaram-se pela calada, e tudo se resolveu. E agora porque este todo alarido. DÁ MESMO QUE PENSAR.
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O mundo fervilha. estamos em meados de Julho de 2015. Às boas notícias (caso de acordo EUA-IRÃO em matéria nuclear; ou o reatamento de relações diplomáticas dos EUA-com CUBA; estando no entanto em banho maria a questão do bloqueio económico) há o permanente belicismo Israelo-Palestiniano; o escândalo da FIFA e os outros envolvidos em termos de corrupção, bem se sabendo que para este acto tem de haver um sujeito passivo e um activo, sendo que a corrupção neste caso só pode ser viável por envolver situações de privilégio e de riqueza ; a "venda" e "compra de jogadores" em Portugal envolvendo os jogadores de foot-ball, e dirigentes dos clubes! Donde vem este dinheiro todo? Seria interessante que os adeptos e as instituições de investigação criminal se debruçassem sobre esta matéria. 
No entanto nada ou pouco acontece neste domínio. Parece que o sistema pendente para a deshonestidade é aceitável desde que permita uma certa estabilidade vivencial e esteja alheia aos nossos domínios. Será que poderemos ser completamente felizes quando à nossa volta ocorrem estes todos desajustamentos, sem que nos preocupemos, com sérios reflexos no futuro, nomeadamente dos nossos sucessores? Há que pensar um pouco nisso.

domingo, 5 de julho de 2015

O DIA EM QUE A UE ESTREMECEU





            O Referendo OXI (não) ganhou na Grécia, apesar de todas as invectivas (qualificadas pelo Ministro de Finanças grego como terrorismo) dos CREDORES (CE; FMI e BCE - trio anteriormente designado de Troika e que entendeu por bem mudar a designação para Credores, pelo significado odioso e hediondo que veio a assumir particularmente em Portugal), no sentido do NAI (sim). É sabido que  o governo grego o que pretende é não tanto sair da UE ou da Eurozone, mas renegociar a dívida em termos de gente pelo menos minimamente honrada e ética poe parte dos Credores. Isto não tem acontecido até agora. O referendo vem imprimir uma maior legitimidade ao Syriza para negociar. Venceu a Democracia é certo; mas acima de tudo venceu a ânsia do povo grego pela sua dignidade e a clara consciência para assegurara soberania do país.
Qualquer que seja o resultado (estou convencido que a UE vai capitular) nada será como dantes.
De estilo carrancudo foi a reacção do nosso 1º Ministro, cuja política de austeridade desenfreada foi desmascarada, desmascarada ficando ainda a cumplicidade do nosso Presidente da República na infeliz afirmação ao dizer que se não forem 19 ficam 18 (países como alunos ou lacaios de dos credores). É um novo e digno amanhecer para o povo grego. Poderá vir a ter que passar por uma certa dificuldade, mas venceu porque a UE vai ceder.         

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O CAMINHO DA GRÉCIA - A EUROPA QUER-SE SOLIDÁRIA





                                              O CAMINHO DA GRÉCIA


Grécia não pagou ontem como devia, porque não podia ou não tinha, milhões de euros  (penso que 13 mil milhões)  à  FMI. O que se está a passar deixa um cidadão minimamente atento ao que se passa à sua volta, simplesmente atónito. Em causa está à partida a Europa de Solidariedade com que a CEE primeiro e a UE depois, brindou os países. Não quero com isto significar que não terão ocorrido benefícios relativamente ao estilo de vida em alguns países pouco habituados a uma vida direi "à europeia". Eram territórios, como Portugal, Grécia, Irlanda, economicamente debilitados que devido aos iniciais fundos estruturais que iam recebendo aparentaram à primeira vista melhorar o nível da vida das pessoas desses países. Veio depois a Zona Euro, com o seu condicionamento económico. Óbvio é que a UE sendo composta de países de economias fortes - tipo Alemanha, eventualmente França, Suécia  e alguns outros, prontificaram-se para ajudar os mais débeis, em nome da solidariedade. Ficou difundido que era necessário abrir o mercado - o mercado livre - de modo que produtos de certos países pudessem entrar e ser comercializados  outros, apesar de nesses, se produzirem também o mesmo tipo de produto. Lembro-me por exemplo que até se chegou a pagar aos agricultores em Portugal, para não produzir tomate, porque um outro país da Comunidade tinha uma produção excedentária. Vem isto apenas a título de exemplo, para explicar que o pensamento, a nervura e a normativação de como se processavam as coisas em matéria de produção e venda. DE tudo isto resultou que os países de economias mais fortes precisavam de escoar a sua produção e sujeitar os países de economias debilitadas a esta situação de sujeição. Porém, este negócio, com o andar dos tempos, já não se cingia a produtos agrícolas ou de pequena indústria; já abrangia a industria de peso. Portugal havia de comprar 2 submarinos (neste momento ao que consta, um está parado, porque só a sua manutenção custa à volta de 5 milhões de euros), e a GRÉCIA terá sido obrigada a adquirir cerca de 5 (para não dizer mais) submarinos, tudo fabricado na Alemanha, isto segundo a denúncia do Deputado Alemão Cohen-Bendit - o tal de maio68 em França.
Contudo, apesar das dificuldades económicas, não havia problemas pois que as instituições internacionais e europeias, estavam na disposição de fazer empréstimos. as instituições são o Fundo Monetário internacional -FMI; o Banco Central Europeu -BCE e a Comissão Europeia CE - agrupamento este que conhecido como Troika, tem a economia portuguesa nas mãos, gerando e gerindo a crise em que o país está.  
Mas voltemos à Grécia, onde o Syriza, uma formação política de esquerda  ganhou as eleições e bateu o pé denunciando a tramoia em que laborava a UE e a Zona Euro. Nota: Repare-se que não se trata aqui de por em causa os atributos positivos ou a ideia de uma Europa Unida ou mesmo da Zona Euro. O que se expõe é a forma como ela tem funcionado pondo em causa precisamente os valores que diz defender e respeitar.
Do que é divulgado nos noticiários, o governo grego que renegociar a dívida. A Syriza ganhou as eleições devido ao seu programa social que quer levar avante. O povo grego vive em grande dificuldade, talvez até com mais dificuldade que o português. Grécia demonstrou que a situação quase indigente a que tinha chegado teve como causa fundamental a mancomunação da Troika (que também opera na Grécia) com o governo anterior. Como para cumprir o seu compromisso eleitoral marcadamente de raiz social não podia ser conciliado em toda a sua linha com o cumprimento de prazos de pagamento, eis que tem vindo a solicitar tolerância, sobretudo em nome da apregoada Solidariedade. E AQUI A PORCA TORCE O RABO.
A Troika era até capaz de condescender caso fosse um governo do tipo que perdeu as eleições. Mas a UE não quer a Syriza, e age como age, para servir de exemplo a outros partidos do tipo Syriza  (caso do PODEMOS Espanhol). Todavia encontra-se numa situação dilemática pois a eventual saída da Grécia do seio da UE ou da Zona Euro é de consequências imprevisíveis. Bem custou à UE manter um quase secretismo quando a ISLÂNDIA simplesmente não pagou o empréstiomo. Mas agora a situação repete-se e pode extravasar par outros campos e países. Daí as formas enviesadas, não menos eivados de posições de instabilidade emocional ou insegurança cultural,  como o Junker dizer que a sua preocupação não é a Grécia mas a situação dos gregos quando estes se v~em obrigados a tirarapenas 60€/dia, para logo a seguir a Lagarde dizer que só pode tratar de assuntos com adultos, quando o dirigente de cabelos- caracóis, (cujo nome me escapa) mais parece um menino de coro ou a repetir"his master's voice) quando primeiro sustentou que o referendo era de pouca valia e agora vem dizer que aguarda os eu resultado, e quando todos em uníssono tentam tudo por tudo forçar com ameaças para condicionar um referendo "favorável" a uma 3º resgate que a Troika - agora denominada CREDORES" estão mortinhos para dar, assim tornando a vida dos gregos ainda mais insuportável, é simplesmente de lamentar. Para que a UE saia de cara lavada, era mister aceder a ampliar o prazo de pagamento e apoiar sem encargo para os gregos nas suas dificuldades.
Essa é que seria a EUROPA SOLIDÁRIA.SERÁ?