quarta-feira, 26 de junho de 2013

MÁRIO SOARES e A SUA RECOMENDAÇÃO

MÁRIO SOARES e A SUA RECOMENDAÇÃO A Democracia não pode olvidar o quanto Mário Soares contribuiu pela positiva para a sua implementação em Portugal. Desde o seu histórico antifascista, a sua actividade forense e a defesa que empreendeu em prol de presos políticos no regime salazarista, o "Portugal Amordaçado", as posições inequívocamente assumidas em defesa de liberdade e os 1ºs tempos do 25 de Abril, não deixam margem de dúvida sobre a sua formação ética, então evidenciada em questão política. Mas, a consistência desta postura viria paulatinamente a ser posta em causa, à medida da progressão do processo democrático nomeadamente, como o comportamento desconsertado no notório comício da Alameda, ou na apressada integração na CEE sem assegurar os interesses básicos dos valores da economia do país, nomeadamente em sede da agricultura e da indústria, ou num apoio implícito à trama do 25 de Novembro, apadrinhado pelo Grupo dos Nove, sob a capa de que assim defendia a democracia, hoje virada neo-liberal. Mario Soares vem atempo para redefinir a sua própria postura e assegurar o lugar na história a que tem jus. Mais uma vez, e agora terminalmente, terá que se definir. Ao criticar azedamente o actual Executivo, cuja demissão reclama, secundando seguramente um Governo futuro socialista, em homenagem ao seu passado, tem de definir, qual o entendimento de um genuíno governo democrático, e que em nada pareça com com o vetusto Bloco Central de má memória. António Bernardo Colaço

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