quinta-feira, 16 de julho de 2015

GRÉCIA - EUROZONE - e o ESTADO DO MUNDO = ESTADO (TIDO) POR NATURAL DAS COISAS E DOS HOMENS.



  O título é algo confuso e complexo. Mas afigura-se-me ajustado, até pela situação dilemática com que debato. O caso recente da Grécia, na mira do 3º resgate é paradigmático. Qualificado o conjunto dos comportamentos dos credores desse país- ricos como eles são - de "terrorista", pelo ex-ministro de Economia da Grécia Varoufakis, e ainda hoje, criticados pelos economista prémio-nobel de economia (2008) Krugman, que considerou as exigências da Eurozone "uma loucura", acusando a Alemanha de "destruir o projecto europeu", e interrogando-se sobre "Quem confiaria mais na Alemanha", é caso para indagar, em que mundo estamos.
Em nota de rodapé, tenho a certeza que o circunstância de Krugman ser de origem judaica, nada tem a ver contra os alemães quanto ao seu precedente nazi, embora haja quem note em todo este tipo de reacção dos países do Norte da Europa uma certa desconfiança (e por cá fico) contra os mediterrânicos. Por outro lado, devo confessar que o Ministro de Economia (ou das finanças) alemão Schaüble é indubitavelmente uma "cara de muito, muito, poucos amigos" (nada tendo a ver com as sua deficiência, o que apenas seria natural). na verdade, quando fala, parece que exala ódio, contra quem, não sei, mas o assunto discutido é sobre a Grécia. Ainda neste capítulo, honra seja feita ao deputado alemão Cohen-Bendit (para quem não se recorde, foi o líder carismático da revolta de 1968 em França) quem em plena sessão daquele parlamento denunciou e acusou o governo da Merkel o facto de ter vendido cerca de 4/5 ou mais submarinos á Grécia quando governavam os homens da sua clique e partidos coniventes. Grécia, porque tanto submarino? Para onde foi tanto dinheiro, nas mãos de quem fervilha agora?
E permita-se-me o desabafo: o que fez a Islândia? Exigiu a reestruturação de dívida que vencia juros de 7 e tal% par 3 e tal %, a FMI e outros contemporizaram-se pela calada, e tudo se resolveu. E agora porque este todo alarido. DÁ MESMO QUE PENSAR.
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O mundo fervilha. estamos em meados de Julho de 2015. Às boas notícias (caso de acordo EUA-IRÃO em matéria nuclear; ou o reatamento de relações diplomáticas dos EUA-com CUBA; estando no entanto em banho maria a questão do bloqueio económico) há o permanente belicismo Israelo-Palestiniano; o escândalo da FIFA e os outros envolvidos em termos de corrupção, bem se sabendo que para este acto tem de haver um sujeito passivo e um activo, sendo que a corrupção neste caso só pode ser viável por envolver situações de privilégio e de riqueza ; a "venda" e "compra de jogadores" em Portugal envolvendo os jogadores de foot-ball, e dirigentes dos clubes! Donde vem este dinheiro todo? Seria interessante que os adeptos e as instituições de investigação criminal se debruçassem sobre esta matéria. 
No entanto nada ou pouco acontece neste domínio. Parece que o sistema pendente para a deshonestidade é aceitável desde que permita uma certa estabilidade vivencial e esteja alheia aos nossos domínios. Será que poderemos ser completamente felizes quando à nossa volta ocorrem estes todos desajustamentos, sem que nos preocupemos, com sérios reflexos no futuro, nomeadamente dos nossos sucessores? Há que pensar um pouco nisso.

domingo, 5 de julho de 2015

O DIA EM QUE A UE ESTREMECEU





            O Referendo OXI (não) ganhou na Grécia, apesar de todas as invectivas (qualificadas pelo Ministro de Finanças grego como terrorismo) dos CREDORES (CE; FMI e BCE - trio anteriormente designado de Troika e que entendeu por bem mudar a designação para Credores, pelo significado odioso e hediondo que veio a assumir particularmente em Portugal), no sentido do NAI (sim). É sabido que  o governo grego o que pretende é não tanto sair da UE ou da Eurozone, mas renegociar a dívida em termos de gente pelo menos minimamente honrada e ética poe parte dos Credores. Isto não tem acontecido até agora. O referendo vem imprimir uma maior legitimidade ao Syriza para negociar. Venceu a Democracia é certo; mas acima de tudo venceu a ânsia do povo grego pela sua dignidade e a clara consciência para assegurara soberania do país.
Qualquer que seja o resultado (estou convencido que a UE vai capitular) nada será como dantes.
De estilo carrancudo foi a reacção do nosso 1º Ministro, cuja política de austeridade desenfreada foi desmascarada, desmascarada ficando ainda a cumplicidade do nosso Presidente da República na infeliz afirmação ao dizer que se não forem 19 ficam 18 (países como alunos ou lacaios de dos credores). É um novo e digno amanhecer para o povo grego. Poderá vir a ter que passar por uma certa dificuldade, mas venceu porque a UE vai ceder.         

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O CAMINHO DA GRÉCIA - A EUROPA QUER-SE SOLIDÁRIA





                                              O CAMINHO DA GRÉCIA


Grécia não pagou ontem como devia, porque não podia ou não tinha, milhões de euros  (penso que 13 mil milhões)  à  FMI. O que se está a passar deixa um cidadão minimamente atento ao que se passa à sua volta, simplesmente atónito. Em causa está à partida a Europa de Solidariedade com que a CEE primeiro e a UE depois, brindou os países. Não quero com isto significar que não terão ocorrido benefícios relativamente ao estilo de vida em alguns países pouco habituados a uma vida direi "à europeia". Eram territórios, como Portugal, Grécia, Irlanda, economicamente debilitados que devido aos iniciais fundos estruturais que iam recebendo aparentaram à primeira vista melhorar o nível da vida das pessoas desses países. Veio depois a Zona Euro, com o seu condicionamento económico. Óbvio é que a UE sendo composta de países de economias fortes - tipo Alemanha, eventualmente França, Suécia  e alguns outros, prontificaram-se para ajudar os mais débeis, em nome da solidariedade. Ficou difundido que era necessário abrir o mercado - o mercado livre - de modo que produtos de certos países pudessem entrar e ser comercializados  outros, apesar de nesses, se produzirem também o mesmo tipo de produto. Lembro-me por exemplo que até se chegou a pagar aos agricultores em Portugal, para não produzir tomate, porque um outro país da Comunidade tinha uma produção excedentária. Vem isto apenas a título de exemplo, para explicar que o pensamento, a nervura e a normativação de como se processavam as coisas em matéria de produção e venda. DE tudo isto resultou que os países de economias mais fortes precisavam de escoar a sua produção e sujeitar os países de economias debilitadas a esta situação de sujeição. Porém, este negócio, com o andar dos tempos, já não se cingia a produtos agrícolas ou de pequena indústria; já abrangia a industria de peso. Portugal havia de comprar 2 submarinos (neste momento ao que consta, um está parado, porque só a sua manutenção custa à volta de 5 milhões de euros), e a GRÉCIA terá sido obrigada a adquirir cerca de 5 (para não dizer mais) submarinos, tudo fabricado na Alemanha, isto segundo a denúncia do Deputado Alemão Cohen-Bendit - o tal de maio68 em França.
Contudo, apesar das dificuldades económicas, não havia problemas pois que as instituições internacionais e europeias, estavam na disposição de fazer empréstimos. as instituições são o Fundo Monetário internacional -FMI; o Banco Central Europeu -BCE e a Comissão Europeia CE - agrupamento este que conhecido como Troika, tem a economia portuguesa nas mãos, gerando e gerindo a crise em que o país está.  
Mas voltemos à Grécia, onde o Syriza, uma formação política de esquerda  ganhou as eleições e bateu o pé denunciando a tramoia em que laborava a UE e a Zona Euro. Nota: Repare-se que não se trata aqui de por em causa os atributos positivos ou a ideia de uma Europa Unida ou mesmo da Zona Euro. O que se expõe é a forma como ela tem funcionado pondo em causa precisamente os valores que diz defender e respeitar.
Do que é divulgado nos noticiários, o governo grego que renegociar a dívida. A Syriza ganhou as eleições devido ao seu programa social que quer levar avante. O povo grego vive em grande dificuldade, talvez até com mais dificuldade que o português. Grécia demonstrou que a situação quase indigente a que tinha chegado teve como causa fundamental a mancomunação da Troika (que também opera na Grécia) com o governo anterior. Como para cumprir o seu compromisso eleitoral marcadamente de raiz social não podia ser conciliado em toda a sua linha com o cumprimento de prazos de pagamento, eis que tem vindo a solicitar tolerância, sobretudo em nome da apregoada Solidariedade. E AQUI A PORCA TORCE O RABO.
A Troika era até capaz de condescender caso fosse um governo do tipo que perdeu as eleições. Mas a UE não quer a Syriza, e age como age, para servir de exemplo a outros partidos do tipo Syriza  (caso do PODEMOS Espanhol). Todavia encontra-se numa situação dilemática pois a eventual saída da Grécia do seio da UE ou da Zona Euro é de consequências imprevisíveis. Bem custou à UE manter um quase secretismo quando a ISLÂNDIA simplesmente não pagou o empréstiomo. Mas agora a situação repete-se e pode extravasar par outros campos e países. Daí as formas enviesadas, não menos eivados de posições de instabilidade emocional ou insegurança cultural,  como o Junker dizer que a sua preocupação não é a Grécia mas a situação dos gregos quando estes se v~em obrigados a tirarapenas 60€/dia, para logo a seguir a Lagarde dizer que só pode tratar de assuntos com adultos, quando o dirigente de cabelos- caracóis, (cujo nome me escapa) mais parece um menino de coro ou a repetir"his master's voice) quando primeiro sustentou que o referendo era de pouca valia e agora vem dizer que aguarda os eu resultado, e quando todos em uníssono tentam tudo por tudo forçar com ameaças para condicionar um referendo "favorável" a uma 3º resgate que a Troika - agora denominada CREDORES" estão mortinhos para dar, assim tornando a vida dos gregos ainda mais insuportável, é simplesmente de lamentar. Para que a UE saia de cara lavada, era mister aceder a ampliar o prazo de pagamento e apoiar sem encargo para os gregos nas suas dificuldades.
Essa é que seria a EUROPA SOLIDÁRIA.SERÁ?                  

sábado, 20 de junho de 2015

CONTRA A GRÉCIA ATÉ AO TUTANO


 Os ditos credores da Grécia, em termos mais directa, os que compõem a Troika,  irão espreme-la  até ao máximo. Na sua óptica experiencias como estas, não podem repetir-se. Embora o caso da Islândia ainda os esteja a remoer, a verdade é que a situação pode vir a complicar-se. Por isso a Troika não ceder sem mais nem menos. E o aviso vai directamente ao "Podemos". Daí o termo que usei "até ao tutano". Mas o receio ainda existe. Se a Grécia sair da zona "euro" será um rebuliço. A UE não de dar-se ao luxo de mais fragilizar nem a zona nem o euro. No fim estou convencido que a Grécia ira receber o empréstimo e o alargamento do prazo para o pagamento. Não alongo mais porque o resto já todos sabemos.         

quinta-feira, 11 de junho de 2015

TAP TAPA-SE


Consumou-se pelo menos politicamente (governo Passos Coelho) a privatização da TAP, passando para mãos de um empresário americano, acompanhado do dono da empresa de camionagem Barraqueiro, o que dá, pelo menos na aparência um sinal da presença de capital português. Porém, hoje ser capital português ou não é  como soi dizer-se - igual ao litro. O capital não conhece fronteira nem país. Mas....há mais. Apesar do Executivo apregoar que a TROIKA já cá não está, a tanto não obstando as suas visitas semestrais a Lisboa, para ver se tudo corre como previsto, verdade é que a privatização tem de ser aprovada por Bruxelas - sinal da independência de que o Paulo Portas nos tem falado. Agora é só ver a TAP (estrangeira) dar lucros, se o Administrador que se segue for o mesmo, e que até hoje não explicou como é que a TAP deu prejuízos nos últimos cinco anos. E já agora.... as providências cautelares. Só espero que  o interesse público alegado não faça vencimento pela avultada indemnização que pode ter sido ajustada caso a privatização se tenha que realizar na eventualidade de se comprovar que a privatização foje aos cânones da legalidade.   

sábado, 6 de junho de 2015

Os MILIONÁRIOS e Milionários


              O título pode parecer capcioso mas não é. Nem sequer se relaciona com a crise económica que assola o país, embora longínquamente com esta se possa relacionar. São conhecidas as críticas que são feitas aos milionários, nomeadamente do mundo das finaças. Mas pergunto: qual o papel dos adeptos de um qualquer clube desportivo, na sua grande maioria gente simples, de modestas posses económicas, quando se quotizam e subscrevem negócios geradores também de milionários, entre jogadores e treinadores (e não só), em muitos casos, segundo se diz, financiado por proveniência estrangeira? Em que é que ficamos? Porém, para salvar a honra da casa, também se diz que o investimento é próprio. Será que só os dinheiros das quotizações, ou de bilhetes vendidos ou de transacção de jogadores é suficiente para as exorbitâncias gastas nestes negócios? Penso que nada se perdia se as autoridades responsáveis, fizessem um inquérito ou auditoria neste campo.

terça-feira, 2 de junho de 2015

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA e AS LEGISLATIVAS




                                     
                                 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA e AS LEGISLATIVAS

                         O Presidente da República Cavaco Silva, divulgou o seu entendimento em como não se disponibilizaria em dar posse a um governo minoritário saído das eleições legislativas previstas para Outubro. Estranho entendimento este do ponto de vista democrático! A Constituição de República, prevê que a posse terá que ser dada à formação político-partidária mais votada. Não fala em maiorias absolutas. Esta apetência só pertence aos aficionados de regimes autocráticos. Daí que, se afigure algo gratuita  o entendimento perfilhado por aquele 1º Magistrado na Nação. É certo que por de traz dessa intenção existe a preocupação de estabilidade governativa. Mas um governo minoritário - obviamente sempre formado por um partido mais votado - tem toda a legitimidade para governar como o que resulta de formação ou formações políticas de maioria absoluta. Há que não olvidar que estas podem ser tão autoritárias como regimes absolutistas de má memória!